AMÉRICA - Tratamento da AIDS com antiretrovirais nas Américas e no mundo: “Três milhões até 2005” para 12% das pessoas contagiadas pela doença

Quarta, 16 Junho 2004

Roma (Agência Fides) - Segundo dados da Organização Pan-americana da Saúde (OPS), as pessoas em tratamento com antiretrovirais na América Latina e Caribe são 210.000, ou seja, 55% do total de todos os doentes da região. Em confronto, na África, são somente 100.000, ou seja, 2% dos quase 4,4 milhões de doentes.
Os especialistas afirmam que continuam a existir atrasos na distribuição do tratamento a todos os que necessitam, mas acrescentam que os sucessos até agora alcançados refletem um esforço sempre maior na terapia com antiretrovirais.
A OPS está lançando uma iniciativa regional para tratar, em um ano e meio, mais 174.000 pessoas na América Latina e Caribe. Este é o número real das pessoas que atualmente necessitam do tratamento, mas que não podem ter acesso.
A iniciativa faz parte do projeto “Três milhões até 2005”, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em fins de 2003, com o objetivo de oferecer o tratamento a 3 milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento, até o fim de 2005.
Desde que a terapia está sendo adotada, em meados dos anos 90, o índice de mortalidade por AIDS caiu em 90% nos Estados Unidos e na Europa, e até 50% na Argentina, Bahamas e Brasil. Mas infelizmente, em países mais pobres, como os africanos, as mortes aumentaram, junto ao aparecimento de novas infecções.
O custo do tratamento anual de um paciente soropositivo pode ser muito alto para os países menos ricos. Entre as fontes de financiamento mais importantes, está o Fundo Mundial para a AIDS, Tuberculose e Malária, lançado em 2002 (que doa 4.700 milhões de dólares) e o Plano de Emergência para a luta contra a AIDS dos Estados Unidos, (com 15 bilhões de dólares).
A Organização Pan-americana da Saúde, fundada em 1902, trabalha junto a todos os países americanos para melhorar a saúde e a qualidade de vida da população, é também o Escritório regional da OMS para as Américas. (AP) (16/6/2004 Agência Fides)


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