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Jacarta (Agência Fides) - “Votar em um presidente que lute seriamente contra a destruição da natureza, que tenha a coragem de eliminar a corrupção e puna os corruptos. Precisamos de um líder que possa afastar do povo a cultura da violência de Estado, que está colocando uns contra outros grupos de tradições diferentes, estigmatizando membros da sociedade, marginalizando-os e sacrificando-os”. É o apelo difundido pelos Bispos indonésios para as iminentes eleições presidenciais de 5 de julho. Pela primeira vez na história do país, a eleição de um presidente se fará de forma direta, pelo povo.
O documento da Conferência Episcopal destaca a necessidade de criar um clima democrático, essencial para desenvolver a justiça e a paz, e que permita ao povo indonésio viver mais diligentemente e honestamente.
O texto auspicia que o novo presidente da Indonésia “tenha a coragem de reforçar a justiça, sem esquecer a verdade e a lei”. Os Bispos notam com orgulho o interesse expresso pela comunidade cristã a esta fase da história do país: a comunidade demonstrou maturidade e consciência, inserindo-se plenamente na vida social e política da Indonésia, país de maioria islâmica. Os Bispos elogiam os fiéis pelo comportamento mantido por ocasião das eleições legislativas de abril, e exortam todos a uma atitude responsável, convidando a votar com base em uma atenta avaliação do programa político apresentado pelos vários candidatos, e não na onda da emotividade.
Os três candidatos favoritos à presidência são: a atual presidente, Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarno, que governou a Indonésia na década 1955-65; o general Wiranto, ex-ministro da Defesa nos tempos dos massacres de Timor Leste, e o ex-general Susilo Bambang Yudhoyono. (PA) (Agência Fides 28/5/2004)
