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Bagdá (Agência Fides)-“Não obstante a falta de segurança em grande parte do país, a população iraquiana procura retomar um ritmo de vida normal”, disse à agência Fides o Padre Nizar Semaan, padre sírio da Diocese de Nínive. “ Em Karakoush, cidade cristã com 25 mil habitantes nas proximidades de Mosul, ao norte do País, os estudantes estão se preparando para os exames; e muitos deles me disseram estar felizes de não serem forçados cancelar a sessão de exames e não perderem o ano escolar. Nesta região, a situação está relativamente calma e não se registra episódios de violência.”
“No que diz respeito a Bagdá” continua P. Nizar “a situação é mais complexa. Existem algumas áreas tranqüilas, enquanto que em outras prevalece o caos e a violência. Não havendo polícia, muitos comerciantes contrataram vigilantes e seguranças privadas para protegerem a si mesmos e os seus bens. Um episódio particularmente grave ocorreu há pouco dias, quando desconhecidos saquearam a Igreja de Nossa Senhora da Salvação, no quarteirão e Kharrada, uma região central que foi pesadamente bombardeada durante a guerra devido a presença de edifícios governamentais. A maior parte da capital está ainda isolada do resto do mundo, sem contato telefônico. Somente dois quarteirões podem ser contatados por telefone porque suas centrais telefônicas permaneceram intactas”.
“Do ponto de vista econômico, a maior parte do povo não retomou ainda o próprio trabalho”, conta o sacerdote sírio. “A administração americana começou porém, a pagar salários e pensões aos funcionários públicos, no valor de 20 dólares americanos por mês, suficientes para a compra de alimentos sem a carne. As Nações Unidas também reabriu as suas centrais e recomeçaram a distribuição de alimentos e medicamentos à população”.
(L.M.) (Agência Fides 24/6/2003; linhas: 25; palavras: 316)
