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Sidney (Agência Fides) – Os Bispos católicos australianos estão examinando as modificações propostas pela coalizão do governo australiano sobre a política de imigração, e consideram que o retorno à chamada “solução do Pacífico” (“Pacific Solution”). Esta política, que esteve em vigor de 2001 a 2007 e previa a transferência dos imigrantes a campos de detenção em países do Oceano Pacífico, enquanto sua posição era analisada, comportaria uma falta de consideração para as questões éticas relativas ao fenômeno da imigração. Recentemente, a coalizão anunciou que, em caso de vitória do governo, seriam colocadas em prática algumas alterações a fim de que os refugiados fossem processados além-mar. Entre estas alterações, estaria o retorno à política do “temporary protection visa” (TPV), visto inserido em 1999 e abolido em 2008, para refugiados perseguidos..
O responsável da Conferência Episcopal australiana para refugiados, o Bispo Dom Joe Grech, está avaliando as alterações. Em um comunicado, afirma que a “visão principal da Igreja católica è que seres humanos, como os imigrantes, devem ser considerados seres humanos e não “slogans” políticos. Esta política parece ser punitiva em relação às pessoas que deixam seus países por causa de situações perigosas” - declara Dom Grech. “É’ importante - continua o Bispo – concentrar-se no problema do movimento de pessoas, ao invés de considerar os imigrantes responsáveis por este fenômeno”. O Diretor do Escritório Católico Australiano para Refugiados e Migrantes, padre Maurizio Pettena, destacou que muitas pessoas ainda não compreendem o bem que a Austrália recebe com a migração. “Ficou demonstrado que os refugiados e os imigrantes trabalham em tempo integral na comunidade australiana, contribuindo de modo significativo nas indústrias do país”. (AP) (1/6/2010 Agência Fides)
