OCEANIA/AUSTRÁLIA - Milhões de novos “migrantes ecológicos” por causa das mudanças climáticas: o alerta das Igrejas do Pacifico

Quarta, 16 Dezembro 2009

Sydney (Agência Fides) – Mais de 200 milhões de pessoas se tornarão refugiados ou “deslocados internos”, por causa das mudanças climáticas até 2050 na área do Sudeste asiático e do Pacífico : é a previsão, divulgada em Copenhague pelos especialistas de nível internacional, que puseram em alerta as Igrejas da Oceania.
Por isso, conforme comunicado à Agência Fides, um Fórum ecumênico das Igrejas na Oceania decidiu colocar em prática iniciativas de sensibilização, prevenção e apoio às populações que, especialmente nas ilhas do Pacífico, correm o risco de serem vítimas impotentes dos fenômenos trazidos pelas mudanças climáticas, como a seca, tufões, furacões, elevação do nível do mar.
O Fórum fala do surgimento de uma nova categoria de pessoas, os chamados “migrantes ecológicos”, que irromperá no cenário mundial nos próximos anos, e se declara pronto a iniciar atividades para garantir “o respeito aos direitos básicos das pessoas obrigadas a emigrar por causa das mudanças climáticas”.
A área da Ásia-Pacífico – observa o Fórum – está especialmente exposta às conseqüências das mudanças climáticas, frequentemente agravada pela pobreza das populações atingidas: “A ligação entre pobreza, saúde e ecologia estará cada vez mais próxima, enquanto o planeta se debater entre uma grave crise ecológica e a crise econômica”. Mais de um terço da população dos pobres existentes em todo o mundo vive na Ásia e no Pacífico. E o estado de extrema indigência reduz a capacidade das populações de combater as mudanças climáticas. Por isso, urge um empenho claro dos governos e da comunidade internacional, que não podem ignorar essas questões, centrais para a própria vida e o desenvolvimento das populações da Ásia-Pacífico. (PA) (Agência Fides 16/12/2009)


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