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Sidney (Agência Fides) - As desculpas oficiais que o governo australiano do Premier Kevin Rudd, dirigirá aos aborígenes no dia 13 de fevereiro próximo, em memória do fenômeno da “geração roubada” (ver Fides 31/1/2008), representam uma oportunidade para superar o impasse e o conflito na sociedade australiana, iniciando um novo tempo de reconciliação, compreensão, paz, desenvolvimento social e cultural.
É o que afirma a Conferência Episcopal da Austrália mostrando-se favorável e otimista em relação ao gesto que o governo australiano anunciou para encerrar um dos episódios mais tristes e dolorosos da história australiana do século passado. O premier Rudd disse considerar as desculpas “cruciais e necessárias, para construir uma ponte de respeito que faltou nas últimas décadas”.
Segundo Dom Barry Hickey, Arcebispo de Perth e Presidente da Comissão, o gesto do governo será aprovado por muitíssimos australianos, recordando que a maioria da população, desde 1967, votou um referendo para garantir cidadania plena às comunidades aborígenes e mostrou-se favorável à sua integração. Nesse processo de acolhimento e aceitação, a Igreja australiana sempre deu a sua contribuição “empenhando-se para dar educação, tratamentos médicos, assistência social”, mas também anunciando o Evangelho para as comunidades mais remotas.Há dez anos, no Sínodo para a Oceania celebrado no Vaticano em 1998, os Bispos australianos manifestaram a sua dor pelas condições dos aborígenes, reafirmada também pela Exortação apostólica “Ecclesia na Oceania”, publicada em 2001, que convidava a reconhecer as injustiças cometidas no passado com as comunidades indígenas para inaugurar uma nova era de paz e harmonia social.
(PA) (Agência Fides 7/2/2008)
