ÁSIA/IRAQUE - O NATAL EM BAGDÁ MARCADO PELA SIMPLICIDADE E PELA ORAÇÃO POR UM FUTURO MELHOR

Segunda, 22 Dezembro 2003

Bagdá (Agência Fides) - “Queremos celebrar o Natal de modo solene apesar das dificuldades”, afirmam à Agência Fides alguns representantes da Igreja iraquiana. “Por causa da falta de segurança, não será possível celebrar a Missa à meia-noite, não somente em Bagdá, mas também nos pequenos centros que, poucos meses atrás, eram considerados relativamente seguros. Assim, faremos a Vigília nas primeiras horas da manhã do dia 25 de dezembro e todas as cerimônias serão celebradas de modo mais solene possível.” Os representantes cristãos afirmam que a Igreja não quer pedir a proteção de ninguém e vão confiar sua segurança a um serviço constituído pelos próprios fiéis.
“As homilias dos sacerdotes serão dirigidas à paz e ao pedido de segurança. O Natal dos cristãos iraquianos sempre foi marcado pela meditação e pela simplicidade. Não existe a tradição dos presentes dispendiosos. Certamente não vivemos em um clima de consumismo, ainda mais hoje com o racionamento da gasolina, do gasóleo e da eletricidade”, afirmam as fontes da Fides. Entre os mais atingidos pela crise econômica, estão os operários que há oito meses estão sem trabalho. “Ainda bem que essas pessoas e suas famílias são assistidas pela Caritas e assim conseguirão transcorrer as festas natalinas de maneira digna”, afirmam as nossas fontes.
“O presente que os cristãos pedem ao Senhor neste Santo Natal é a volta da segurança. Infelizmente, a ordem pública se degrada a cada dia. Quem pode, se arma para se defender. A polícia chega quando o crime já foi cometido e mais do que isso não consegue fazer: a maior parte dos criminosos permanece impune. Um fato que preocupa muito, e pelo qual os cristãos vão rezar no Natal, é a difusão da droga, especialmente entre os jovens de Bagdá. Até poucos meses atrás, este problema era inexistente. Agora, ao invés, se criou um mercado que está se propagando a passos largos”, afirma a fonte da Fides.
“Confiaremos ao Senhor também o problema do tráfico das jovens, obrigadas a se prostituírem. Muitas adolescentes não saem mais de casa com medo de serem sequestradas”, continua a nossa fonte. “Apesar disso tudo, não sentimos falta do antigo regime; pedimos porém à comunidade internacional que nos ajude a resolver o mais rápido possível esses problemas, para construir um Iraque finalmente livre e democrático”. (L.M.) (Agência Fides 22/12/2003, Linhas 31 Palavras 396)


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